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TENISTA DA SEMANA
03 de agosto de 2017 12:29
Tenista da Semana: Diogo Castor, Procurador da República
O tenista de 31 anos, o mais jovem integrante da força-tarefa do MPF na Operação Lava Jato, abriu o jogo com a FPT

O Procurador da República, professor universitário e tenista curitibano Diogo Castor de Mattos, 31 anos, é o mais jovem integrante da força-tarefa do Ministério Público Federal na Operação Lava Jato, que desde 2014 vem elucidando os maiores casos de corrupção e crime organizado no Brasil. Ele, que atualmente ocupa a 4ª colocação no ranking paranaense da 1ª Classe Masculina A, conversou com a Federação Paranaense de Tênis (FPT) porque neste início de agosto, Diogo é o tenista da semana.

Desde muito novo, seguir carreira profissional na área jurídica já era um sonho e, como todo sonho requer sacrifícios, os estudos acabaram tomando grande parte de seu tempo livre. Aos 16 anos começou a preparar-se com mais afinco para seguir a carreira jurídica do pai, o procurador de Justiça Delivar Tadeu de Mattos, falecido em 2007. Foi só antes disso que Diogo vislumbrou a possibilidade de tornar-se um tenista de destaque. Ele, que começou a treinar com 11 anos no saibro do Clube Curitibano, “encerrou a carreira” cinco anos depois, mas nunca parou de praticar o esporte de forma amadora, como faz até hoje nos torneios da FPT.

Para ele o esporte ajuda as pessoas a terem uma vida mais estável. Diogo afirma também que vai tentar jogar mais torneios até o final desta temporada. “Acho que o tênis é uma ótima válvula de escape para a correria da vida profissional e, além disso, é um ambiente social saudável. Meu objetivo para este ano é jogar o máximo possível e me divertir. Não tenho mais muitas expectativas de resultado, não. Pretendo jogar o maior número possível de torneios, desde que sejam conciliáveis com meu trabalho, que é prioridade. O tênis é diversão e esporte para manter o corpo e a mente sãos”, admite.

Diogo teve os melhores momentos da carreira esportiva enquanto juvenil. No ano 2000, então com 14 anos de idade, terminou a temporada como o 1º do ranking paranaense nas categorias 14M. Em 2002 conquistou o título da 16M, terminando em 1º no ranking naquele ano, vencendo três etapas do Circuito Brasileiro e várias do Circuito Paranaense, o que até hoje lhe rende ótimas lembranças. “Na época, derrotei alguns tenistas destacados no ranking brasileiro como Raoni Carvalho, Luis Grangeiro e Thomaz Belluci. Se pudesse enfrentar alguém, gostaria de jogar novamente com o Bellucci. Hoje, acho que é bem provável que ele me vença sem deixar eu ganhar nenhum game. Mesmo assim seria uma ótima experiência pois, da minha geração, ele foi o único que chegou longe e conseguiu se destacar no circuito da ATP”, ressalta.

Diogo também comentou a respeito das dificuldades que o país enfrenta em formar esportistas de sucesso, e aproveitou para elogiar o trabalho que a FPT vem fazendo pelo tênis no Paraná. “Certamente mais torneios profissionais ajudariam a diminuir esta dificuldade. Contudo, há uns dez anos tínhamos vários Futures no Brasil, e mesmo assim poucos tenistas foram revelados. Na minha opinião, o problema brasileiro é cultural. Nossos tenistas, em regra, vêm de classes sociais altas e não estão preparados para o sofrimento que um atleta profissional de tênis tem que passar. O resultado disso é que temos muitas promessas no juvenil que não se tornam realidade. No Paraná vejo a FPT organizando torneios com muita qualidade, o que incentiva os garotos que almejam se tornar profissionais e os amadores, como eu, a treinarem para competir”, aponta.

Além de um torneio interno de tênis, Diogo mantém junto aos colegas do MPF um time de futebol suíço, pelo qual disputam anualmente o Campeonato Brasileiro entre promotores e procuradores, mas é do tênis que ele tira alguns ensinamentos que aplica no dia a dia profissional, afirmando que o esporte ajuda a ter mais disciplina. “Eu costumo falar que os ensinamentos do tênis foram decisivos para conquistar meus objetivos profissionais. Mais ainda quando você almeja ingressar numa concorrida carreira jurídica pública, que vai demandar horas e anos de treinamento, estudo e muita frieza na hora de resolver as questões. Acredito que o esporte me ensinou a disciplina, a aprender a lutar sozinho e a perder. Mesmo nas derrotas, o tênis demonstra que se você trabalhar duro terá outra oportunidade para vencer. É a melhor escola da vida”, garante.

A respeito da Lava Jato, Diogo deseja que os brasileiros continuem apoiando a operação. “Várias pessoas trabalharam duro para que a Lava Jato avançasse e apresentasse resultados inéditos ao país em relação à apuração de crimes de colarinho branco. Os brasileiros podem esperar que os profissionais envolvidos diretamente neste trabalho continuarão dando o melhor de si para elucidar os esquemas de corrupção que sangram os cofres públicos. O apoio popular sempre será fundamental para o sucesso da Lava Jato”, conclui.

Perguntado sobre a inclinação do juiz Sérgio Moro ao tênis, Diogo foi taxativo. “Me falaram que ele joga também”. Quem sabe, após encerrar a Operação Lava Jato, os dois não protagonizam uma partida de tênis para comemorar o sucesso da força-tarefa no combate à corrupção. Fica o convite a ambos!

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