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TENISTA DA SEMANA
15 de agosto de 2017 18:13
Tenista da semana: Adriano Santos, paratleta de Maringá
Atuando pela UMPM de Maringá, o multi-esportista é o atual líder invicto do ranking paranaense de tênis cadeirante

O curitibano Adriano Santos tem 33 anos, é atleta profissional e joga tênis há apenas dois. Apaixonado por esportes (além de tênis ele joga basquete, vôlei, badminton e handebol), no começo deste ano ele saiu da capital e foi morar na Cidade Canção, onde agora defende a União Metropolitana Paradesportiva de Maringá (UMPM) em competições estaduais e nacionais. Atualmente, ele é o 1º colocado no ranking da Federação Paranaense de Tênis (FPT) e atual 25º do Brasil na categoria cadeirantes.

Em 2010 Adriano sofreu um acidente de moto que lhe custou a amputação da perna direita. Além dos sonhos que todo jovem atleta cultiva aos vinte e poucos anos de idade, a fatalidade levou embora também a promissora carreira de jogador de futebol que galgava como atacante do União São João Uberaba, equipe amadora que leva o nome de um dos bairros mais populosos de Curitiba. Entrou em depressão.

“Quando vi a cena, o primeiro pensamento foi: acabou o futebol. O futebol era o que eu mais amava na vida. No final de cada ano eu tinha uma média de 2 gols por jogo e acho que até hoje o Marcão, o dono do time, sente a minha falta lá (risos). Entrei em depressão. Dois anos. E foi por causa do esporte que voltei a viver novamente, mais precisamente o basquete sobre rodas e só depois o handebol, o badminton e o tênis. Após o meu acidente, tudo para mim é superação e hoje pratico várias modalidades. Posso dizer que sou muito mais feliz hoje graças ao esporte”, reconhece.

Ele leva o esporte a sério. Faz parte da vida dele.

Recuperado do acidente e da depressão pós-traumática, Adriano atualmente é o pivô da equipe Kings Maringá, time de basquete profissional que paga seu salário para disputar os torneios das ligas paranaense e nacionais. Mas é nas quadras rápidas da UEM que ele vem aperfeiçoando dia após dia o seu talento individual no tênis sobre rodas.

“O pessoal do esporte paralímpico sempre me falou a respeito do tênis sobre rodas e então conheci a Melissa Muller, treinadora voluntária que dá treinos na Top Tennis de Pinhais e na PUC-PR. Foi aí que conheci o esporte e me envolvi. Depois de ter participado da Copa Guga em Florianópolis e com o objetivo de aumentar minha carga de treinos, fui treinar com o Duda na DM Tênis de Santa Felicidade. Eu treinava lá cinco vezes por semana. Um dia ganhei uma cadeira do Leo Botija, treinador da seleção brasileira. Aquele equipamento era do Daniel Rodrigues, atleta da seleção e atual número 1 do Brasil. Hoje ela continua na DM e atende aos paratletas que treinam lá com o Duda”, conta.

O atual líder do ranking paranaense já tem 1000 pontos conquistados em 2017 com os títulos dos torneios na E7 Tennis Cup e no Circuito Osmoze Cadeirantes. Em 8 jogos disputados no ano ele não perdeu nenhum e segue com 100% de aproveitamento no quesito vitórias. Dos 16 sets que jogou, perdeu apenas 1 para o tenista Ítalo de Lima, na final do Osmoze, num jogão de mais de duas horas e parciais de 3/6, 6/3 e 10/5.

O histórico vencedor de Adriano no tênis paranaense somado às boas campanhas na Copa Guga, credenciaram-lhe a disputar a Chave Principal do Circuito ITF Cadeirantes, torneio internacional que vai acontecer em São Paulo em duas etapas, de 23 a 27 de agosto e de 27 de setembro a 1 de outubro, com participação de 79 paratletas de sete estados brasileiros – São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina – e mais Distrito Federal. O torneio vai reunir os melhores tenistas do país e do mundo, divididos nas categorias Masculino, Feminino, Quad (atletas com deficiência nos membros superiores e inferiores) e Junior.

“Meu plano para este ano é chegar entre os 15 melhores do Brasil. Estou confiante, mas por eu ainda não ter uma cadeira específica para o tênis fica complicado almejar algo maior, já que minha cadeira pesa três vezes mais que a ideal”, lamenta.

Segundo ele, apesar do desenvolvimento da modalidade ainda ser um desafio para todos os envolvidos, os resultados obtidos são incontestáveis. “Neste ano a FPT abraçou a causa e já fez dois torneios seguidos, os quais tive a felicidade de sair campeão. No Brasil ainda há inúmeros para disputar. Os atletas de Curitiba estão treinando pesado para fazer bonito neste torneio em São Paulo e o que eu puder fazer para incentivar e ajudar todos eles, eu farei. Hoje o Ítalo de Lima, que também anda de skate, é o novo talento do Paraná no tênis sobre rodas. Ele teve uma grande evolução de um torneio para o outro e com certeza já se tornou o meu rival (risos)”, brinca Adriano, que aproveita para elogiar a cidade de Maringá e agradecer seus apoiadores.

“A vinda para cá foi ótima porque o clima ajuda muito nos treinos. Aqui tenho uma carga maior de treinos, o que me ajudou muito a evoluir meu jogo. Aproveito para agradecer à FPT por este espaço, e também especialmente à Secretaria de Esportes de Maringá, UEM e UMPM que têm me ajudado muito a trilhar essa história no esporte”, finaliza.

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