A primeira colocada do ranking infantojuvenil paranaense na categoria 14 anos feminina é a tenista Maria Mauad, atleta de 13 anos de idade que treina na Eco Tênis, em Curitiba. Até esta quinta-feira (28), ela contabilizava 8148 pontos contra 6210 da segunda colocada, Nathalia Mossambani, da Ecoplay Maringá.

Ao longo desta temporada, segundo dados da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Maria está com 60,53% de aproveitamento nos torneios que disputou a nível nacional, vencendo 23 de 38 jogos, saindo vencedora em 45 sets e 360 games. Somente neste ano, a jovem tenista já contabiliza pelo menos quatro importantes títulos: a 31ª Londrina Juniors Cup (Cosat), o Interclubes Paranaense Infantojuvenil, o torneio Valendo o Título (FPT Junior Series 1000), e o primeiro lugar da 14F na Copa das Federações 2017 com a equipe do Paraná.

Nos campeonatos da Federação Paranaense de Tênis (FPT), Maria também detém boas marcas. Nos torneios de Classes (ela disputa a 4FA), de 3 jogos venceu 2, enquanto que na categoria Infanto, dos 40 jogos que disputou no ano venceu 31 e perdeu 9, totalizando um aproveitamento de 72%.

Maria tem uma história curiosa no esporte que, aliás, vem de berço. Ela é filha do ex-jogador de futebol Alex, eterno camisa 10 do Coritiba, Cruzeiro, Palmeiras e do Fenerbahçe da Turquia, país onde até hoje é ídolo imensurável. Mas, em 2008, enquanto seu pai escrevia o nome na história daquele país, Maria conhecia e dava os seus primeiros passos no tênis. “A minha mãe fazia aulas e eu ia junto para catar bolinhas. Eu tinha quatro anos e ela dizia que eu era muito nova para começar a jogar, mas quando fiz cinco comecei lá na Turquia. Meus pais nunca me forçaram a nada, foi algo muito natural, e com 10 anos decidi virar tenista. Treinava com o professor Eduardo Portal e o tênis é algo que sempre gostei muito”, ressalta.

O esporte é algo tão especial na vida da família Mauad que Maria, a mais velha de 3 irmãos tenistas, ainda guarda com carinho a recordação de seu primeiro jogo. “Lembro que a primeira partida oficial que joguei foi num torneio da DM, em Curitiba, contra a Nicole Serraglio. A gente tinha 10 anos. Foi muito divertido porque eu não sabia absolutamente nada, nem contar os pontos direito”, confessa.

Enquanto espera com paciência pelo seu espaço como protagonista, Maria acostumou-se a responder sobre o pai famoso, mas ela também sonha com o dia em que ficará conhecida pela qualidade de seu jogo nas quadras. “Ser filha de um jogador é algo difícil de explicar. Tem momentos bons e outros nem tanto. Sinto que algumas pessoas não me olham como a Maria, e sim como a filha de um jogador de futebol. Eu gosto muito de ser filha de quem sou, e embora ele seja um ídolo, para mim isso é algo normal. Eu quero ser uma tenista profissional de grande sucesso e reconhecida no mundo inteiro! Quero chegar ao ponto das pessoas falarem de mim, sobre a minha carreira, e não só do meu pai”, salienta.

Recentemente o cineasta Cauê Serur e o produtor Adriano Rattmann lançaram o documentário “Alex Câmera 10”, que conta como foi o último ano do craque enquanto atleta. E, é claro, Maria, os seus irmãos e sua mãe Daiane também estão lá. “Houve há alguns dias o lançamento do filme. Eu e meus irmãos aparecemos lá, mas só em foto, a gente não fala nem nada (risos). Não diria que foi uma emoção tão grande para nós porque só tem foto nossa, mas eu e meus irmãos nos divertimos muito vendo o filme. Fazer parte da história que o meu pai escreveu é um orgulho muito grande para mim e toda a nossa família”, afirma.

Para encerrar, perguntada se “além da bolona que jogava, o Alex também bate uma bolinha com você”, Maria aproveitou para tirar onda com o pai. “Meu pai só admira o tênis. Ele está muito travado. Eu diria que ele não manja muito de tênis, não. Só está ali passando bolinha e irritando os outros”, brinca.

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