Nossa tenista da semana, Célia Sandrini (SMCC), começou no tênis de uma maneira peculiar. Muitas vezes, os filhos se inspiram nos pais para iniciar uma vida no esporte. Contudo, Célia incentivou as filhas Gabriela e Graziela (que disputam torneios CBT e FPT) e acabou seguindo pelo caminho delas.

Professora, Célia participou do FPT 500 da Sociedade Thalia, na semana passada, conquistando o segundo lugar de sua categoria, a 4FB. Foi o segundo torneio disputado por ela no ano, um avanço considerável para quem fez apenas cinco jogos em 2018. Entre 2015 e 2017, Célia participou de 59 confrontos, somando 35 vitórias e alcançando a terceira posição do ranking FPT de sua classe em 2017.

Um ano antes, ela foi a vice-líder em seu primeiro ano na 4FB, após promoção da 5FB por ter sido a melhor da categoria. Célia, por agora, se divide entre as aulas e as competições de tênis, provando que o esporte corre nas veias da família. Mas o plano em longo prazo é se dedicar mais às quadras.

Conversamos um pouco com ela para a construção do quadro Tenista da semana. Confira a seguir:

FPT: Em que ano as filhas começaram e como está sendo essa vida delas no esporte?

Célia: Minhas filhas começaram a jogar tênis em 2012 (Gabriela) e 2013 (Graziela). Antes elas faziam ginástica olímpica na Duque. Passamos por uma quadra de tênis em que acontecia uma aula. Elas pediram para que eu as matriculasse, e lá dentro elas foram iniciadas no tênis. Nos aconselharam a colocar elas em treinos, aí surgiu uma oportunidade na Escolinha Guga no Barigui, a convite de amigos nossos. Eventualmente, elas foram para a DM Viva, e depois para a DM Santa Felicidade. Hoje, elas treinam no Clube Curitibano e competem regularmente, gostam de competir. Minha filha mais velha, Gabriela, está disputando uma gira da COSAT, no Chile, com três torneios em 25 dias.

Qual foi a maior dificuldade de adaptação ao esporte, se é que houve?

Eu, como fisioterapeuta e professora do Instituto Federal, olhei o tênis com muita vontade de aprender, de entender o esporte. Afinal de contas, eu nunca havia jogado. Já fui atleta de vôlei, mas em tênis é outra dinâmica. Me aperfeiçoei com algumas aulas particulares e comecei a seguir em cursos como o Tennis 10, com método francês, hoje faço o do Toni Nadal. Sempre que há a oportunidade de novos cursos, pela FPT, me atualizo. Gosto muito de analisar a postura e a mecânica do tênis. Agradeço muito a todos que fizeram parte dessa história, e à FPT, por abrir portas, por realizar torneios.

Quais são os objetivos em curto e longo prazo? Se estabelecer no topo do ranking e ganhar algum reconhecimento competitivo, ou é só pelo prazer da prática?

Com essa prática e aprendizado, tive interesse em começar a competir. Me sinto muito feliz, realizada, sempre que vejo pais de atletas e tento motivá-los a entrar em torneios também. Participo e gosto muito de eventos em dupla, com a Luciane Virmond. Meu objetivo é ser primeira do ranking novamente, subir à terceira classe, hoje disputo a 4FB. Estou treinando firme para isso. O tênis me realiza, valorizo muito o desempenho e passo isso para as minhas filhas. Penso que é um jogo de cabeça, de equilíbrio, de aprendizado. Como sou professora de massagem desportiva, tento sempre levar meus alunos a eventos que fazemos em parceria com a FPT, sobretudo os na academia VIVA, no Clube Curitibano, pois eles têm contato com o mercado de trabalho e as práticas, arrumam seus próprios clientes.

O que você diria para outros pais de tenistas?

Meu recado é que eles acompanhem, incentivem a competição, mas que entendam o que se passa dentro de quadra, que não cobrem seus filhos. A pior coisa é quando o pai cobra o filho porque ganhou ou perdeu. Só quem está dentro da quadra sabe o que é a tensão, e isso, pros filhos, é um enorme aprendizado. Às vezes você quer ganhar, está em vantagem no set, mas está pensando em um monte de outras coisas e acaba perdendo. É muito equilíbrio mental.

Seja o próximo tenista da semana!

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