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TENISTA DA SEMANA
19 de outubro de 2018 11:46
FPT Apresenta: Rafael Gama, Tenista da Semana
Jovem de Curitiba recentemente conquistou a Copa Guga na categoria 9 anos

Será possível que alguém nasça para praticar determinado esporte? Que o destino seja uma série de páginas com um roteiro pré-definido? Difícil dizer. Não há como desvendar esse mistério por agora. O que se pode saber, com provas, é que algumas pessoas têm especial aptidão para o tênis. Esse é, certamente, o caso de Rafael Gama, o “Caramujo”, nosso Tenista da Semana.

 

Aos nove anos, ele acaba de vencer a sua categoria na Copa Guga, torneio importante disputado em Santa Catarina e que costuma revelar talentos nacionais e internacionais. Ao longo da semana, conversamos com o pai de Rafael, Fabio, que nos contou a história do menino. E os bons resultados, em virtude desse contexto, soam cada vez mais naturais. O próprio interesse do garoto pela raquete vem lá de trás, de quando ele ainda tinha dois anos. Hoje, é fã de Roger Federer e Denis Shapovalov.

 

A família Gama, como conta Fabio, morou por alguns anos no Chile. Lá, ficaram sócios de um clube na região das montanhas. Inicialmente, Rafael entrou lá para praticar natação, mas se interessou pela quadra de tênis e pediu para jogar. Como havia poucas crianças matriculadas nas aulas, foi difícil fechar uma turma. Mas Rafael ganhou o material completo, mesmo assim.

 

O que mais deixou Fabio intrigado é o fato dele ter jogado tênis na infância, mas nunca ter comentado isso com Rafael. O interesse, nesse caso, foi natural. E a desenvoltura do menino dentro de quadra, também. No seu primeiro contato com o esporte, demonstrou rápida adaptação. E antes mesmo de completar três anos, já brincava como se fosse velho conhecido da raquete e da bolinha amarela.

 

Enquanto Rafael dava seus primeiros passos, os pais resolveram seguir o caminho do menino e entraram também para o grupo dos praticantes de tênis. O problema é que, nesse intervalo, a família retornou ao Brasil. E não havia treino para crianças da idade de Rafael, com menos de três anos. Foi assim que o professor Homero entrou na vida dos Gama, para dar aulas particulares ao menino.

 

Eventualmente, surgiram novas dificuldades: os horários de estudo e treino não batiam. Rafael só jogava torneios, mas não conseguia ter um bom rendimento porque sempre jogava acima de sua categoria. As derrotas foram acumulando e o garoto até chegou a pensar em parar. A última participação seria em um evento da DM Tênis, em Santa Felicidade. Descoberto por Duda Marcolin, Rafael acabou encaixado em uma nova turma adequada para a sua idade. Desde a primeira aula, foi paixão total. E o resto é história.

 

Acaba que o pequeno treina seis dias por semana e treinaria ainda mais se os pais não tivessem pedido um pouco mais de folga. Afinal, ele é muito novo, sequer completou dez anos e também estuda bastante. “Por ele, com certeza, treinaria mais ainda. Hoje ele treina com a equipe da DM todos os dias da semana das 16h30 às 18:30, e no sábado ele faz uma aula particular de uma hora, vamos juntos pois é a hora que treino. Apesar de parecer excessivo, o que me tranquiliza é a maturidade do time da DM de conseguir balancear o treino físico, o treino técnico e principalmente, de ler as crianças e saber qual é a hora de relaxar um pouco, qual é a hora de acelerar”, acrescenta Fabio.

 

A vida de Rafael tem sido uma prova de imensa dedicação e amor ao tênis, algo que ele carrega com ele diariamente, com consciência de que faz tudo isso com o coração, não pensando nas vitórias. Contudo, os títulos são bem vindos, é claro. Em 2017, ele foi campeão do Brasileirão, em Uberlândia, no simples e nas duplas, pela categoria 8 anos.

 

O pai, Fabio, acredita nesse ideal: “A criança tem de se divertir em quadra. Isso pode desanimá-la em longo prazo. Os meninos também precisam aprender a perder e lidar com as frustrações”, cita, como requisito básico. Não são poucos os exemplos de tenistas que crescem sem dar tanta atenção ao emocional, o que pode causar grandes problemas de comportamento e até depressão.

 

O sonho de Rafael, segundo o pai, é de viajar o país para jogar tênis. Os dois já foram de avião para outros estados a fim de disputar competições. E se alguém duvida que ele vá conseguir equilibrar a vida competitiva com a vida pessoal, vai uma última prova dos nove: “o tênis não tira nada dele nesse momento. Ele praticamente não perdeu nenhuma festa de amigos por causa do tênis. Ele não vai mal na escola por causa do tênis. E quando a criança tem essa consciência de que o tênis agregou muito mais do que tirou, ela ama o esporte”, finaliza Fabio.

 

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