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CONFERÊNCIA ITF
02 de novembro de 2018 11:42
Foto: Carla Larini
Diversão e garra em foco na palestra de Suzana Silva
Apresentação foi voltada para professores que trabalham com crianças

Suzana Silva abriu o segundo dia de palestras da Conferência Regional de Treinadores da ITF. Formada em Educação Física pela USP e responsável pelo desenvolvimento do modelo Suzana Silva de ensino doTênis, em 1989, também trabalha com programação neurolinguística pela SBPNL, integra a equipe de Capacitação da CBT e atua como coordenadora pedagógica no programa Jogue Tênis nas Escolas/cbt.

 

 

Além de tudo isso, a especialista faz parte do advisory staff da Wilson, tendo desenvolvido a raquete infantil EZ Tennis, em 2003. Um currículo extenso que a credencia a ser uma autoridade em métodos de ensino para jovens tenistas.

 

Em sua apresentação, Suzana comentou sobre a garra e como isso pode ser trabalhado no ensino voltado para as crianças. Que importância isso tem no aprendizado e como podemos aplicar isso em cada aula?

 

Conversamos com ela sobre esse assunto, sobre a Conferência em si e a respeito de processos e métodos educacionais, dentro e fora das quadras de tênis.

 

O esforço da CBT, FPT, ITF, COSAT e do próprio Clube Curitibano para organizar o evento foi reconhecido por Suzana, que elogiou a estrutura: “A organização está sensacional, a gente já veio aqui no workshop ano passado, que era só da CBT, agora é internacional, um escopo muito maior. Está bem feito, e tanto a FPT quanto o Clube Curitibano colocaram gente muito solícita na operação. O pessoal está muito motivado”, analisou.

 

Sobre a garra, Suzana explica bem o conceito, aplicado de maneira didática na apresentação, com o apoio de quatro alunos de categorias infantis. “A garra é fundamental, a gente desperta a garra nas crianças fazendo com que elas amem o esporte. A aula, nesse sentido, precisa ser bastante atraente, de forma que elas se sintam felizes dentro da quadra, desafiando com frequência. A gente quer colocar a criança num trilho de desenvolvimento constante. Aí você tem o amor pelo esporte e o desenvolvimento, a vontade de melhorar cada vez mais, ninguém segura”, afirmou.

 

Mas às vezes, as coisas saem do planejado. E um grande professor sempre tem de saber improvisar. Suzana mostrou isso na prática, em uma situação inesperada. “Hoje, ao fim da palestra, perguntei para uma das crianças qual foi a medalha que ela conquistou. E ela me respondeu que era a empatia. No começo da atividade, eles tinham brigado, e eu pedi que ele se colocasse no lugar do lugar do parceiro, se gostaria que fizessem isso com ele. Na hora, ele entendeu, por meio da emoção. Isso deixou uma lição que ele levará adiante, sabendo o que é empatia, pois provavelmente não conhecia esse conceito anteriormente”.

 

Por fim, ela coloca que a diversão é um ponto crucial no processo de educação, dentro e fora do tênis. Por conta dessa reflexão, é preciso também repensar o papel do professor.

 

“A importância da diversão, para se ter uma ideia, vem da palavra em inglês, fundamental. FUNdamental. A parte crucial do jogo é ter diversão, você precisa ensinar com isso em mente. Sem se divertir, você não vai fazer essa criança entrar na aula. Ainda mais hoje em dia, com tantos estímulos. O professor não precisa ser um palhaço, mas ele tem de criar um desafio e fazer com que a criança se ligue naquilo”, finalizou Suzana.

 

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