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CONFERÊNCIA ITF
02 de novembro de 2018 16:32
Foto: Carla Larini
Papo rápido com Enrique Pérez, treinador de grandes talentos
Uruguaio já foi treinador de André Sá, Fernando Meligeni, Alex Corretja e Nicolas Lapentti

Continuamos a nossa cobertura da Conferência Internacional de Treinadores ITF, no Clube Curitibano. Nesse segundo dia, falamos com Enrique Perez, notório treinador de tenistas profissionais do circuito ATP.

 

Em sua carreira, Perez foi capitão da equipe do Uruguai por 16 anos e trabalhou como coach de atletas renomados como Alex Corretja, André Sá, Fernando Meligeni, Francisco Clavet, Galo Blanco, Karim Alami, Marcelo Filippini e Nicolas Lapentti. Enrique atualmente trabalha como diretor de tênis do Carrasco Lawn Tennis, em Montevidéu no Uruguai.

 

Em sua palestra, que encerrou o primeiro dia de atividades no Clube Curitibano, Perez falou sobre a importância do relacionamento entre treinadores e jogadores. Conversamos um pouco mais com ele sobre esse e outros assuntos pertinentes ao tema apresentado.

 

Impressões sobre a conferência da ITF

 

Enrique Perez: “Estou achando maravilhoso. Para ser bem sincero, antes eu tinha pouquíssimo tempo para participar desses eventos, viajando tantas vezes por ano. Mas também pela estrutura e pela quantidade de profissionais que vieram dar palestras e prestigiar outras apresentações. Estamos podendo escutar 8, 10 horas de palestras por dia com uma organização perfeita. Todos que estiveram envolvidos no evento estão de parabéns, é muito difícil montar algo desse tamanho, com essas características”.

 

Potencial do atleta: como reconhecer? Quais são os melhores indicadores?

 

“Potencial, para mim, é muito relativo. Você pode ter um jogador com bom físico, bons golpes, até com vontade de treinar. Mas de repente, você se pergunta? Para que serve esse potencial? Para ser campeão, para ser profissional? As qualidades tem de mudar. Você vê, as gerações vão mudando. Hoje trabalho com um menino de 16 anos que tem um grande potencial físico e tenístico. Mas se você me perguntar, o que mais me chama a atenção nele é que, nessa idade, ele põe uma atenção muito grande nos treinamentos. Isso é difícil de encontrar hoje. É muito mais fácil trabalhar com alguém que quer escutar o que você fala, tentar alcançar algum objetivo. Na maioria dos casos, o foco se perde rapidamente.”

 

Autocrítica do treinador: limites e objetivos

 

“A gente tem a obrigação de transmitir ao jogador que ele deve dar o máximo que tem ali no momento, digamos. No treino, no jogo, saindo da quadra, do psicólogo, com a satisfação e a consciência de que ele deu tudo o que podia. Não é fácil, leva muito tempo para que ele se convença disso. Às vezes demora um ano, um ano e meio. Aí tentamos que ele chegue a uma média de 80% das vezes na semana reconhecendo que deixou tudo o que tinha. A autocrítica que devemos fazer é essa: se não puder fazer o meu máximo, não estou fazendo bem o meu trabalho”, finalizou o uruguaio.

 

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