Seja você também um filiado da Federação Paranaense de Tênis.

F P TNotícias

CONFERÊNCIA ITF
03 de novembro de 2018 08:23
Foto: Carla Larini
André Sá fala sobre desafios e controle mental na quadra
Entrevista breve com o tenista brasileiro aconteceu durante a Conferência Regional ITF

O tênis brasileiro está muito bem representado na Conferência Regional de Treinadores ITF. O evento, que acontece no Clube Curitibano entre os dias 1º e 3 de novembro, conta com a presença ilustre de André Sá.

 

O mineiro será um dos palestrantes do terceiro dia, e falará sobre a carreira do tenista profissional. Poucos no ambiente possuem tantas qualificações como ele. Sá se aposentou em 2018 do tênis, após uma trajetória de mais de 20 anos.

 

Nesse caminho, alcançou o posto de 17º colocado em duplas na ATP, com 11 títulos ao todo, atuou pelo Brasil na equipe da Copa Davis por 12 anos, além de participar de quatro Olimpíadas. No Pan, foi medalhista de ouro em 1999, na cidade de Winnipeg, ao lado de Paulo Taicher. Atualmente, Sá atua como consultor de relações da ITF, no circuito Player Liaison.

 

A fala de André Sá engloba a paixão pelo tênis, noções de disciplina, competitividade e resistência mental. Dentro desse contexto, conversamos rapidamente com ele em meio à Conferência, e você confere o registro a seguir:

 

Começamos falando sobre o evento, em si. O que você sentiu até agora na Conferência, o que mais te agradou?

André: Tudo agradou. Desde a estrutura incrível do clube, da organização, o pessoal responsável pelas palestras, os jogadores que atuam aqui. E acima de tudo o conteúdo. Está sendo fantástico. Estamos vendo desde o aprendizado infantil até infantojuvenil, profissional, então está cobrindo todas as áreas. Está muito legal.

 

Muitos dos palestrantes ressaltam a importância do mental na carreira do tenista. E você teve longa carreira, com muitos títulos. O que pode falar sobre isso, trazendo alguma experiência específica?

É o lado mais importante, querendo ou não. Você precisa, claro, ter certa aptidão física, uma estrutura familiar boa. Mas o lado mental é o quão bem você consegue jogar num momento importante. Para isso, não existe um treinamento específico, uma pílula mágica. O tênis é quem consegue lidar melhor com as frustrações. É um esporte onde você perde a maioria das vezes. Uma história minha seria, no meu melhor ano, com o Marcelo Melo. Nós ganhamos quatro torneios e jogamos 30 semanas. Ou seja, tomamos 26 semanas na cabeça. O jeito é assimilar, aprender com os erros e continuar. Isso é uma qualidade indispensável para o tenista.

 

Qual é a grande qualidade que você vê nos tenistas da nova geração? Esses meninos que estão treinando aqui no clube, até mesmo o Thiago Wild, que conquistou o US Open juvenil?

O pessoal tem de conseguir achar o equilíbrio entre a rotina de treinos e a diversão. Eles precisam se divertir, porque a tensão emocional no tênis é muito grande. Você é responsável por derrotas e vitórias, então, conviver com isso é muito difícil. Os meninos precisam aprender até 10, 11 anos, que a diversão tem que ser maior. A partir dali, entrar numa rotina que é repetição, é mais complicada. Eles precisam se acostumar com isso e é o grande desafio.

---

 

Federação Paranaense de Tênis

Assessoria de Imprensa

imprensa@fpt.com.br

41 3365-2404