Seja você também um filiado da Federação Paranaense de Tênis.

F P TNotícias

CONFERÊNCIA ITF
06 de novembro de 2018 10:10
Layla Aburachid fala sobre processos cognitivos de atletas
Conversamos com a professora da UFMT durante a Conferência ITF

Durante a Conferência Regional de Treinadores ITF, entre os dias 1 e 3 de novembro, no Clube Curitibano, palestrantes proporcionaram aos presentes uma perspectiva diferente sobre treinamentos de tênis, cultura do esporte e questões técnicas.

 

Uma das especialistas presentes foi Layla Aburachid, professora da UFMT, com foco de pesquisa em metodologia de ensino-aprendizagem-treinamento técnico e técnico, processos cognitivos do esporte e testes psicométricos. Layla também é líder do GEMEPE, o Grupo de Estudos em Metodologias de Ensino e Psicologia do Esporte.

 

Ao longo de sua carreira acadêmica, ela também desenvolveu programas de ensino via Iniciação Esportiva Universal, Escola da Bola, o Teaching Game for Understanding e o Método Pendular do Treinamento Técnico aplicado aos esportes de raquete. Dentro do tênis, foi atleta juvenil, preparadora física e também pertenceu à Seleção Brasileira de Badminton.

 

Em sua palestra, Layla tratou do conhecimento tático declarativo no tênis, otimizando o treinamento e uma melhor avaliação dos atletas. Falamos com ela ao fim do terceiro dia de evento. Aqui está a conversa:

 

Quais palestras você viu na Conferência? O que mais te agradou?

Layla Aburachid: Gostei muito da insistência dos palestrantes em incutir na cabeça dos participantes a necessidade de se pensar no planejamento das aulas. O Miguel [Crespo] falou há pouco que os treinadores executam tarefas e ações com seus atletas, mas não sabem por que estão fazendo. Muitos fazem isso. Às vezes dá certo. Pode até dar resultado, mas muitos deles agem como se estivessem copiando. É preciso internalizar o objetivo, dá mais retorno.

 

Como você poderia resumir o conceito do conhecimento tático declarativo no tênis?

É um processo cognitivo que está ligado a vários outros processos. Na verdade, a gente precisa de memória e conhecimento no esporte, ao longo dos anos. Para ele ser treinado e estimulado, precisamos ensinar os atletas a perceberem melhor os sinais relevantes do jogo. Essa percepção e a tomada de decisão estimulam o HD, digamos assim. O conceito prático seria um HD externo, simplificando, voltado às ações práticas de jogo.

 

E qual é o impacto que isso causa nas rotinas de treinamento, na sua opinião?

A capacidade física já foi muito bem explorada. A preparação já atingiu patamares legais. E a capacidade técnica, por meio de estudos na biomecânica, também acompanha essa evolução. Sinto que, cientificamente, os treinadores não aproveitam o que tem sido estudado em conhecimento tático, em percepção, principalmente. O que falta é ver o que fazemos na academia ser absorvido e utilizado, na prática. É esse impacto que quero ver dentro de alguns anos.

 

---

 

Federação Paranaense de Tênis

Assessoria de Imprensa

imprensa@fpt.com.br

41 3365-2404