Atualmente, diversas equipes esportivas de diferentes modalidades vêm encontrando dificuldades para identificar e solucionar problemas relacionados à motivação dos seus atletas e a queda de seus desempenhos e resultados esportivos. Por isso, vê-se a necessidade cada vez mais de se detectar os fatores individuais e coletivos que mais motivam os atletas.
Um dos fatores motivacionais primordiais podem ser vistos quando seus pais lhes deixam a decisão quanto ao esporte que irão optar, dando total liberdade para a escolha, procurando interferir o mínimo possível na decisão da modalidade esportiva que irão escolher, ficando somente em uma posição de aconselhamento e suporte. Isso auxilia o desenvolvimento de maneira positiva.
Algo que também influi muito no desenvolvimento esportivo é a necessidade de momentos de lazer, que devem incluir encontros com amigos, atividades esportivas em grupo, participação em associações e entidades sociais. Alternativas em que o atleta esteja cultivando as amizades e satisfeito com seus relacionamentos.
No início da carreira esportiva, grande parte dos jovens atletas se sente motivada pelo técnico e/ou a equipe técnica, mas com o decorrer do tempo, em muitos casos, há um decréscimo da motivação. A explicação para isso é que, apesar de uma maior alegria em relação à técnica aprimorada, realizações e vitórias, aspectos como relacionamentos sociais, estudos e lazer são deixados de lado, fazendo com que os atletas fiquem um quanto que desorientados sobre que rumo devem tomar e ao o que dar prioridade. Fazendo com que muitos atletas tenham dificuldades em planejar e visualizar o futuro.
Uma hipótese gerada é que por consequência da profissionalização dos atletas, a pressão é maior, gerando certo desconforto, diminuindo a alegria em estar treinando, desencadeando maior apreensão em relação à técnica, por medo de frustração. Uma dica para os técnicos lidarem com essa situação é a de não resumir a carreira às vitórias, e sim como consequência de um equilíbrio interno do atleta. No caso de esportes coletivos, da equipe de forma geral.
Deixo como sugestão que se faça um trabalho com o atleta e/ou equipe explorando essa nova fase de inicialização profissional em que se encontram, tapando todas as arestas e polindo o todo, pois se terá como consequência um potencializador para a conquista das vitórias.
Psicólogo Paulo Penha de Souza Filho
Psicólogo do Esporte, Fisiologista do Exercício,
Psicopedagogo e Mestre em Distúrbios da Comunicação
Gerente de Saúde Esportiva
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