O Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, recebeu entre 1º e 7 de junho, a Copa das Federações de Tênis em Cadeira de Rodas. Realizado pela CBT com apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro, o torneio teve três divisões masculinas e uma feminina entre as equipes. Ao todo, foram 18 estados na disputa, que chegou à sua segunda edição. Foram seis dias de competição.

A equipe de Minas Gerais faturou o título, tanto no masculino quanto no feminino. O Paraná disputou a Divisão 1 e terminou na oitava colocação, o que culminou em rebaixamento para a edição de 2020. Espírito Santo, primeiro colocado na Divisão 2, ficará com a vaga no ano que vem.

Conversamos com Cristiano Brito, um dos atletas da equipe do Paraná, e com Patrick dos Santos Martins, treinador da delegação. Eles nos forneceram uma perspectiva mais aproximada de quem esteve em São Paulo para o torneio.

“Sensação ótima, pois é um evento grande, onde reencontramos vários amigos de outros estados e fazemos novos amigos tbm, tudo isso em um torneio importante, com uma rivalidade grande entre as federações. Como se estivessemos na Copa Davis. Essa foi minha segunda edição. A importância desse torneio é imensa, pois é uma maneira de dar maior visibilidade para a modalidade, já que a maioria dos torneios são de nível internacional. É muito bom e importante ter esse torneio nessa dimensão nacional. Esse ano, ao meu ver, fomos rebaixados por um erro de estratégia da equipe, pois como estávamos com quatro representantes e os atletas priorizaram a disputa de simples, em detrimento das duplas, modalidade na qual tínhamos chances reais”, analisou Cristiano.

“A expectativa era boa pra esse evento, foi a minha primeira viagem como treinador e como eu conheço todos os atletas da nossa equipe, já sabia as qualidades e fragilidades deles, infelizmente o resultado não foi o esperado. Mas já sabemos o que todos precisam melhorar e o aprendizado com as outras equipes foi grande. Analiso o desempenho da equipe, no geral, como bom, os piás brigaram até o fim em todos os jogos e não entregaram nenhum ponto fácil para os adversários. Acredito que ano que vem vamos ter um resultado excelente e voltaremos para a primeira divisão, pois todos estão com essa vontade de querer fazer mais pela equipe. Um evento desse porte para os cadeirantes e com tantas equipes fortes do país todo é algo essencial para o tênis em cadeira de rodas, além da integração e do aprendizado que todos tem. Acaba sendo uma grande confraternização dos melhores atletas do país, que se ajudam para conseguir elevar o esporte no Brasil e a possibilidade de atletas disputarem grandes torneios pelo mundo”, ponderou Patrick.

Por fim, o registro de quem fez a Copa das Federações algo possível. "Foi um grande evento, que está cada vez maior. Em 2020, a realização já está garantida. Tivemos muitas surpresas entre os atletas, em que vemos o nível técnico aumentando cada vez mais. Vimos equipes muito bem formadas, e bem estruturadas em todos os níveis: presidência, capitães e atletas engajados. Queremos fazer com que esse evento seja maior, o que dignifica o tênis em cadeira de rodas no Brasil", comentou Jesus Tajra, vice-presidente da CBT, ao site da entidade.