O ano de 2019 tem sido curioso para o curitibano Felipe Meister. O atleta da categoria BT masculina B está perseguindo a liderança do ranking com um desempenho arrasador. Em primeiro lugar geral na capital, ele foi finalista dos dois últimos Grand Slams de beach tennis e campeão de três FPT 1000. Mas como se deu essa relação com as raquetes e a areia?
Diferente de outras histórias em que os atletas praticam determinada atividade desde a infância, o beach tennis é um esporte novo para os brasileiros e que vem se popularizando com rapidez ao redor dos estados. Aos poucos, mais gente conhece a novidade, o que naturalmente traz outros amigos e familiares para esse universo.
Para Felipe Meister, o início foi mais ou menos assim. Presenteado pela esposa com uma raquete, ele viu a chance de entrar para um novo esporte. Um ano e alguns meses depois, os títulos já fazem parte da sua rotina. Conheça um pouco mais da trajetória do atleta do Clube Curitibano nas areias. Confira um papo com ele, a seguir.
Desde quando você pratica beach tennis e o que buscava quando entrou para a modalidade?
Felipe Meister: Pratico desde janeiro de 2018. Não fui eu que busquei o beach tennis, é até engraçado contar isso. Ganhei uma raquete da minha esposa no natal de 2017, para que pudéssemos praticar juntos. Alguns amigos e parentes nossos já jogavam. A busca foi por mais um esporte no qual juntássemos o útil ao agradável, que é poder entrar em forma e estar em família. Mas foi uma proposta da minha esposa, não minha.
Que tipo de experiência positiva você viveu no início e que consolidou sua participação como beach tenista?
Foi o ambiente. Sempre treinei e joguei tênis a vida inteira, e o esporte tem aquela formalidade, você fica lutando contra a sua cabeça. Não que o beach tennis não exija concentração, mas é diferente. As partidas são geralmente mais longas do que no beach. A descontração e a dinâmica dos jogos do beach são bem diferentes. Você está na praia, ouvindo uma música, isso não acontece no tênis e me fez apaixonar pelo esporte.
Como você se prepara para os torneios e de que maneira explicaria sua evolução recente?
Hoje jogo bastante torneios e por isso busco estar sempre preparado. No momento não estou fazendo aulas mas já fiz por um bom tempo com o intuito de aprimorar a técnica. Antes dos torneios eu faço ainda mais jogos durante a semana para entrar no ritmo, sempre com a preocupação de corrigir os erros e chegar bem às competições.
Você tem sido finalista com frequência em torneios deste ano na FPT. A que se deve essa subida ao grupo dos maiores competidores?
Eu acho que sou extremamente competitivo, quero sempre ganhar. Para isso, sempre treino, jogo e busco evoluir onde há espaço. E sempre tem. A prática sempre leva à perfeição. Quanto mais você joga, mais perto está das vitórias. Acredito que seja por aí. Fora o entrosamento com o parceiro, já que ninguém ganha sozinho num torneio de duplas. Sem eles eu não teria chegado lá.
O que é mais valioso, no seu ponto de vista, dentro da cultura do beach tennis?
Como comentei, essa questão de todos estarem em um esporte novo, com gente chegando agora, é um ambiente de muita amizade. Todos torcem um pelo outro, todo mundo cresce junto. A descontração no torneio também pesa, conseguir conciliar a competição com a confraternização, a diversão, a conversa. É muito acolhedor isso no beach tennis e diferente dos outros esportes, em que impera a formalidade e a concentração, 100%, sem conversa fora das quadras.
Por que acredita que o esporte tem crescido tanto no país ao longo dos últimos dois anos?
O crescimento tem a ver com esse lado do esporte ser relativamente fácil para começar a jogar. Com poucos dias de treinamento você consegue jogar legal. A partir do momento que se começa, o clima agrega e te incentiva a fazer atividade física enquanto se diverte. Quem inicia, encontra isso. Nos próximos anos vai crescer bem mais, pela divulgação que está sendo feita e pelos torneios realizados. Esses pontos contribuem com o crescimento.
Como recomendaria os torneios da FPT a outros beach tenistas que ainda não participam do circuito?
São torneios bem organizados e com grande adesão. Independente da sua categoria, você encontra jogos equilibrados com pessoas diferentes do teu ciclo diário em clube, em academias. O ambiente da competição também é legal, a questão de estar sempre valendo em busca de um título, uma medalha, de pontos no ranking. Isso acaba fazendo com que você queira evoluir e estar no topo do ranking. Os torneios são importantes para isso, sem falar, claro, na confraternização no fim de semana com outras 300 pessoas que querem competir, mas estão ali se divertindo e dividindo isso com você.
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