Raquel Guarda pode até não ter uma longa história no tênis, mas está em um momento curioso da vida, por ter uma veia competitiva fortíssima. Líder do ranking da 5FB, venceu o FPT 500 pela 5FA na última semana, em Campo Largo, na Pereira Tennis. 

Para entender o que move uma tenista em sua trajetória dentro de quadra, conversamos com ela, que estrela esta edição do quadro Tenista da Semana. Confira o bate-papo a seguir.

Quando decidiu entrar para o mundo do tênis e com que motivação tomou essa atitude?

Entrei no mundo do tênis, três anos atrás, por causa do meu filho. Passamos a temporada de férias na praia e ele veio me pedir: “Vamos jogar tênis quando voltarmos à Curitiba?” Quando retornamos, comecei a levá-lo para fazer aula, duas vezes na semana. Daí pensei: nossa, vou ficar aqui esperando uma hora sem fazer nada? Resolvi começar a fazer também, até para aproveitar o tempo. Daí não consegui mais parar. Entrei em torneios internos e já no primeiro fui campeã. Fiquei muito empolgada e não consegui mais parar. Em compensação, meu filho parou no meio do caminho...

Você treina com que regularidade?

Treino três vezes na semana, atualmente. 

De que forma viu o tênis impactar a sua vida pessoal e rotinas?

O tênis me motiva, deixa um gostinho de quero mais. Sempre temos que buscar melhorar a cada dia. O tênis é um jogo de paciência, cabeça, tranquilidade e muita emoção em muitas situações. É bem complicado mas sempre no final de cada jogo você acaba fazendo uma análise do seu desenvolvimento e sempre tem algo que precisa mudar. 

Culturalmente, percebeu alguma mudança desde que começou a jogar?

Sim, várias mudanças como ter paciência, tranquilidade, equilíbrio e controle. O tênis também traz muitas amizades.

O que você mais gosta nos torneios de tênis? Geralmente, mulheres que entram para o esporte após os 30 anos buscam apenas uma atividade física ou uma opção de lazer. Como você enxerga essa competição e o que sente em quadra?

O que mais gosto é que se faz muitas amizades, acabamos conhecendo muitas pessoas por conta dos torneios. O tênis, para mim, é uma atividade física e também um lazer. Confesso que nos primeiros torneios eu entrava em quadra e tremia, ficava muito tensa e nervosa. Não que hoje não fique, mas isso vem com menos intensidade. Até porque tenho muito o que aprender no pouco tempo em que estou neste esporte. Todo dia é um aprendizado. 

Na sua visão, qual seria a fórmula do seu bom desempenho nos torneios, liderando a categoria 5FB? 

Persistência e aprendizado! A cada jogo que perco, fico brava e busco entender meus erros para corrigi-los no futuro.

Quais são seus objetivos dentro do tênis?

Bom, é uma pena que descobri o esporte tarde demais. Há três anos, não sabia e nem entendia nada de tênis, mas agora vou tentar fazer o melhor que posso para ir me aperfeiçoando. 

De que maneira recomendaria que outras tenistas jogassem mais torneios da FPT Paraná afora? O que eles podem agregar à experiência?

Jogar tênis participando de torneios é algo motivante, prazeroso. Você conhece muita gente, é muito bom. Participar de torneios faz com que você evolua porque cada pessoa tem uma maneira de jogar, bater. Você precisa ter controle para saber lidar com diversas situações de partida, a cada jogo é um aprendizado e é certo de que você nunca fará a mesma partida duas vezes.

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A Federação Paranaense de Tênis conta com o apoio da Murano, Head, Governo do Estado do Paraná, Decathlon e Sandever.  

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