Um ponto. Um momento. Em algumas situações podem gerar uma reviravolta digna de filme. Duas semanas atrás na noite de segunda-feira Thiago Wild sacou em 0/40 contra o espanhol Alejandro Davidovich Fokina buscando salvar 3 match-points, após algumas trocas de bola Thiago soltou o braço, a bola caprichosamente bateu na rede e caiu mansamente na quadra do espanhol. Após contar com a sorte para salvar o primeiro match-point, Wild salvou outros dois, se impôs e virou a partida. Ainda no Rio Open o paranaense jogou muito contra Borna Coric, mas acabou perdendo no detalhe.
O que veio na sequencia foi uma semana inspirada no Chile, mesmo país que há vinte anos Antônio Carlos Prieto venceu um ATP 250 ao lado de Gustavo Kuerten. Dessa vez o título foi de simples.
Wild eliminou o cabeça 1 do torneio, 18 do mundo e dono da casa, o chileno Cristian Garin nas quartas antes de vencer o cabeça 2, o norueguês Casper Ruud e atual 36 do ranking ATP neste domingo com parciais de 7/5 4/6 6/3. Com a vitória ele se tornou o mais jovem brasileiro a vencer um torneio ATP, superando nomes como Gustavo Kuerten, Jaime Oncins, Thomaz Belucci e Thomas Koch.
Foi o primeiro título de um brasileiro em torneios da ATP desde 2015, quando Thomaz Belucci venceu também um ATP 250 em Genebra, na Suiça. Além disso, Wild se tornou o nono brasileiro na disputa de simples a conquistar um título ATP ou superior, ele se tornou também o mais jovem a vencer um torneio na temporada de saibro na América Latina desde que, ninguém menos que Rafael Nadal, venceu em Acapulco, em 2005, quando tinha 18 anos. Desde 2017 um tenista abaixo dos 20 não vencia um ATP e Wild se torna o pior ranqueado (182) a vencer um torneio na história dos eventos ATP.
Com a conquista o brasileiro deve chegar a posição de 113 no ranking da ATP, assumindo a vice-liderança do ranking Next-Gen, atrás apenas de Félix Auger-Aliassume e na frente do badalado Denis Shapovalov.
---
A Federação Paranaense de Tênis conta com o apoio da Murano, Governo do Estado do Paraná, Decathlon e Sandever.