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24 de março de 2020 10:20
Crédito: JC Ridley/Owlpix.com
Tênis universitário como plano A
Visto como cemitério de jogadores até o início dos anos 2000, o "college tennis" vira alternativa

Matéria original do globoesporte.com: https://globoesporte.globo.com/tenis/blogs/break-point/post/2020/03/08/tenis-universitario-como-plano-a.ghtml

Certas decisões definem o seu destino. Aos 17 anos de idade, surge um dos maiores dilemas na vida dos tenistas juvenis: se arriscar no circuito profissional, cursar uma universidade no Brasil ou tentar a sorte no tênis universitário americano. O debate não é tão simples como parece, principalmente por um fator que não existia há duas décadas: o nível do tênis universitário vem em constante evolução e hoje é um aliado do circuito profissional.

No início dos anos 2000 se pensava que o "college tennis" era cemitério de jogadores. Atualmente, os melhores tenistas juvenis do mundo olham o tênis universitário com bons olhos. É uma alternativa complementar que cada vez mais deixa de ser uma decisão conflitante para as famílias, passa a ser o plano A. É um processo que há muitos anos vem ganhando corpo no tênis brasileiro, como por exemplo Luisa Stefani, brasileira que passou pelo circuito universitário e que está começando a colher frutos no circuito profissional de duplas da WTA.

John Isner, Kevin Anderson, Tennys Sandgren, Danielle Collins e Jennifer Brady são alguns nomes que passaram pelo tênis universitário. Hoje, ao todo, são exatamente 300 jogadores da WTA e ATP que estão entre os 1000 melhores do mundo. Além disso, muitos tenistas que disputam Challengers e Futures já representaram ou ainda representam universidades. O exemplo que chamou a atenção foi a vitória surpreendente do Equador como visitante sobre o Japão na Copa Davis, com um time repleto de atletas que passaram pelo college. A classificação garantiu ao país uma vaga na fase final da competição. Há 10 anos o Equador não disputava a primeira divisão da competição.

Pretendo abordar mais sobre o assunto nos próximos meses com depoimentos e dicas de quem já passou por essa experiência. Começo com o caso do Gabriel Sidney, tenista de Curitiba que foi top 70 do mundo juvenil e que disputou o qualifying do Australian Open e US Open, em 2015.

As ofertas de bolsas de estudos começaram a aparecer quando o curitibano entrou no top 100 do ranking juvenil da ITF. Técnicos de diferentes universidades tentaram recrutá-lo e a dificuldade foi escolher para onde iria. Escolheu a Pepperdine University, em Malibu, na Califórnia.

- O melhor conselho que eu dou é escolher bem a faculdade, a equipe, o técnico que você vai ter. Ele é um gestor do time, então encontrar uma faculdade onde o técnico quer te ver bem e feliz é realmente importante. Para a meninada que quer ir para o profissional logo cedo, se você não é uma estrela, um top 10 juvenil mundial, o college é uma ótima opção para seguir treinando com estrutura e ainda ter um plano B se o tênis não der certo. Isso muita gente não pensa… fiz muitas conexões aqui em quatro anos que se eu jogasse Futures no circuito profissional eu não teria. Tem quem pense o contrário, tentar o tênis e depois procurar um plano B com 25, 26 anos… e é difícil você correr atrás. O pessoal está olhando o college como uma ótima alternativa porque não precisa entrar no profissional tão cedo. Você pode entrar na universidade com 18, sair com 22 e ir para o profissional. São vários anos até atingir a idade média do auge de um tenista. O tênis universitário americano tem um nível altíssimo.

Ao final do segundo ano, Gabriel decidiu pedir transferência para a Flórida, onde se formou em dezembro de 2019. Com o diploma na mão, o tenista brasileiro agora vai dar uma chance ao circuito profissional. Fez um mês de pré-temporada na Argentina com o técnico de Sebastian Baez, número 1 do mundo juvenil e vice-campeão juvenil de Roland Garros em 2018. Aproveitou também para treinar com outros dos muitos experientes técnicos argentinos antes de embarcar para Espanha, país que será sua base nos próximos meses em busca da entrada no ranking da ATP.

Confira a matéria na íntegra no link: https://globoesporte.globo.com/tenis/blogs/break-point/post/2020/03/08/tenis-universitario-como-plano-a.ghtml

 

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