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História
09 de abril de 2020 15:21
20 anos de um título marcante para o tênis paranaese
Na 2ª parte, Prieto conta como começou sua carreira profissional e a relação com Guga

Nessa semana estamos celebrando os 20 antes de um título importantíssimo para o tênis paranaense. A conquista de Antônio Carlos Prieto Junior ao lado de Gustavo Kuerten no ATP de Santiago em 2000.

Na primeira parte falamos um pouco do histórico da carreira de Prieto no tênis (confira aqui) e hoje iremos nos aprofundar sobre como foi seu início no profissional e sua relação com o parceiro de título.

 

INÍCIO NO PROFISSIONAL

Antes de iniciar no profissional Prieto passou quatro anos e meio estudando na Florida State, uma universidade de nível 1 nos Estados Unidos.

“Lá meu tênis teve uma evolução muito grande, não só a parte técnica, mas também pela maturidade. A experiência de morar fora de casa, faz você enfrentar seus problemas sozinho, isso me ajudou bastante dentro de quadra. ”

Logo em um de seus primeiros torneios o destino o fez cruzar com Larri Passos, que na época já era treinador de Gustavo Kuerten. Guga já disputava o profissional, mas ainda não havia vencido Roland-Garros:

“Entre um semestre e outro tranquei a matrícula e vim para o Brasil. Fiquei seis meses jogando alguns torneios no circuito profissional, na época se chamavam circuitos Satélites. No primeiro circuito que eu fui participar, fiz um jogo contra o Márcio Carlson, na época uma promessa no tênis brasileiro. Ele era treinado pelo Larri Passos, fiz um jogo muito bom, mas perdi no detalhe. ”

 

TREINADO POR LARRI

“Depois do jogo, teve um jantar. Por acaso sentei na mesa para conversar com o Larri, não era íntimo dele, mas estava na dúvida se deveria terminar a faculdade. Já tinha conseguido meus primeiros pontos na ATP, e estava ansioso para começar no circuito. Ele sem pensar falou para terminar a faculdade, que quando eu voltasse ele iria me treinar”

Foi justamente nesse período que Prieto retornou aos Estados Unidos que aconteceu o título de Guga em Roland Garros. Mesmo assim, após o término da faculdade e com seu retorno ao Brasil, Prieto começou a treinar com Larri Passos em Balneário Camboriú.

“Fazíamos a pré-temporada de dezembro até janeiro, ele ajudava a aumentar o calendário e eu tinha essa base de saber que estava muito bem orientado, com uma pessoa de bastante sucesso. ”

 

RELAÇÃO COM GUSTAVO KUERTEN

Se a relação com Guga e Larri começou perto de 1996, quando o título de duplas aconteceu em 2000, Gustavo Kuerten já era uma figura famosa, já havia vencido Grand Slams e estava em um ano espetacular, que resultou na primeira, e única vez, que um brasileiro finalizou o ano com número 1 do mundo.

“Sentia o respeito por ele ser o jogador que era, mas o Guga já era meu amigo. Dividimos quarto, viajamos juntos, almoçávamos quase todo dia, já tínhamos construído uma amizade. ”

Prieto conta que apesar de Guga já ter aquela fama e aquela pressão por resultados, isso acabava sendo benéfico para a dupla, pois a pressão gerava uma responsabilidade nele de elevar seu nível de jogo.

“Quando eu joguei com ele, tinha aquela responsabilidade de você atuar com um certo nível. O mais próximo possível dele. Aquela cobrança eu sabia que ia ter, mas ele sempre me deixou muito à vontade. Ele sempre fez parecer como se eu tivesse jogando com um amigo, chamava sempre a responsabilidade para ele. Às vezes, eu cometia um erro e ele pedia desculpas, porque a bola anerior, que ele havia batido, não era a bola que ele tinha que ter feito. O Guga sempre me deixou muito confortável, acredito que foi por isso que a parceria deu certo. ”

Na última parte do especial falaremos especificamente do ATP de Santiago. Não perca!

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