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História
10 de abril de 2020 15:41
20 anos de um título marcante para o tênis paranaense
Na 3a parte, falamos dos detalhes do título na semana mágica em Santiago

Quem entra na sede de tênis do Clube Curitibano localizada na rua Lamenha Lins em Curitiba não demora a notar a placa em homenagem ao título de Antônio Carlos Prieto Junior. Em 2020, completam 20 anos dessa conquista em Santigo, mas em 2013 o clube, na inauguração do complexo prestou a merecida homenagem ao tenista, prata da casa, pelo que ele fez no tênis profissional.

O especial sobre o título divido em 3 partes, chega a sua parte final, que irá abordar o título em si. A primeira parte conta um pouco do histórico de Prieto no tênis (confira), na parte 2 o próprio Prieto fez um relato de como foi seu início no profissional e da relação com o Guga, seu parceiro no título (confira). E o especial chega ao fim contando um pouco daquela semana mágica no Chile.

“Essa semana, lembro que foi uma semana bem marcante, que além de ter sido o auge da minha carreira, o meu pai estava lá nessa semana. Então, poder ter dado para ele esse presente, foi uma coisa muito gratificante”

O início do ATP de Santiago foi em 28 de fevereiro de 2000, na chave de simples Gustavo Kuerten era o cabeça de chave 1, Marcelo Rios o cabeça 2 e Fernando Meligeni o 3. Nas duplas, Jaime Oncins disputou o torneio ao lado de Daniel Orsanic. O atual capitão da Davis foi eliminado nas quartas de final pela dupla sul-africana de Lan Bale e Piet Norval, cabeças número 1 do torneio e que chegariam até a final.

A dupla formada por Guga e Prieto entrou como wild-card no evento, eliminaram nas oitavas os chilenos Hermes Gamonal e Adrian Garcia por 7/5 3/6 6/3, na sequencia eliminando uma dupla argentina Martin Garcia e Mariano Puerta por 6/4 6/2 para chegar na semi-final.

A partir daí a dupla brasileira teve que eliminar nada mais, nada menos, que os 2 principais cabeças de chave do torneio. Na semi, os espanhóis Tomas Carbonell e Javier Sanchez, que entraram no torneio como os 2º melhores ranqueados. Em um jogo dificílimo, com os dois sets decidido no tie-break 7/6(4) 7/6(5). A cereja do bolo veio na final, com a vitória por 6/4 6/2 sobre os sul-africanos Bale/Norval.

A parceria com Guga nas duplas talvez pudesse ter ido mais longe, porém o foco do jogador nas simples deixa no imaginário o que poderia ter acontecido caso a parceria seguisse: “Devido ao título e ao prestigio de Guga no circuito da ATP conseguimos o convite para jogar o Aberto de Miami, que hoje é o Masters 1000, na primeira rodada vencemos Àlex Corretja e Joan Balcells, que era dupla da Copa Davis da Espanha. Em seguida vencemos a dupla cabeça de chave francesa Fabrice Santoro e Olivier Delaître,estávamos muito confiantes, tudo estava dando certo”.

Na rodada seguinte Martin Damm e Dominik Hrbaty colocariam um fim na sequência de vitórias de Prieto e Guga nas duplas, porém os bons resultados deixariam Prieto no top 100 do mundo e a dupla entre as 20 melhores na corrida dos campeões: “Depois desse torneio quebrei aquela barreira dos top 100, que é aonde acho que a maioria dos tenistas sonham em um dia poder chegar, estar entre os 100 do mundo”.

A posição de 95 do mundo permitiu a Prieto disputar os principais torneios do mundo e integrar equipe de treinamento da Davis. Suas conquistas o colocam como um dos principais tenistas da história do Paraná e do Brasil, um dos poucos tenistas brasileiros a terem disputado a chave principal como profissional em todos os Grand Slams.    

 “Acho que os anos ensinam a gente que não tem atalho. O talento por si só não leva a lugar nenhum. A pessoa pode ser habilidosa, pode ter um diferencial, mas se ela não tiver disciplina, se ela não tiver dedicação, se ela não saber priorizar o que é importante, sacrificar o que precisar ser sacrificado para conseguir atingir aquele objetivo, talento não basta. O essencial é a persistência, de você não desistir no primeiro obstáculo, na primeira dificuldade. Ela faz com que as pessoas consigam atingir o seu máximo. Não são todos que vão chegar a ser número 1, a ser número 50, a ser número 100, mas muitos desistem no caminho, antes de ter se dado a oportunidade de tentar chegar no seu melhor. ”

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