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15 de abril de 2020 14:21
Tenista da Semana: Cristiano Brito
Praticante de tênis em cadeira de rodas, atleta falou um pouco sobre sua rotina

Matéria original na FPTinMagazine de agosto de 2019

No tenista da semana dessa vez, vamos levar o olhar do público a uma modalidade que ainda está em desenvolvimento: o Tênis em Cadeira de Rodas. Cristiano Brito pratica tênis desde os 16 anos, um acidente acabou mudando sua rotina, mas a paixão pelo esporte o fez continuar praticando.

Algum tempo depois da grande mudança em sua vida, o atleta retornou, mais forte do que nunca, e com uma vontade inesgotável de experimentar o que de melhor o mundo das raquetes tem a oferecer. Cristiano tem participado de eventos internacionais, nacionais e foi campeão paranaense em 2018.

Os torneios de tênis em cadeira de rodas iriam iniciar em 2020 no mês de abril, porém devido a pandemia do corona vírus, ainda não foram disputados torneios esse ano. Em 2019, Cristiano chegou ao seu melhor ranking: 239 do mundo e 16 do Brasil. Conversamos com ele para trazer um pouco da rotina e dos desafios que ele encara. Confira abaixo:

 

FPT: Quando e como começou sua relação com o tênis?

Cristiano Brito: Minha relação com o tênis vem de longa data, antes do meu acidente, quando eu era andante. Comecei aos 16 e joguei dois anos. Sempre quis voltar, mas por ironia do destino só consegui retornar depois que me acidentei. Aceitei essa oportunidade, voltei e agora não paro mais! Fazia muita falta, eu adorava, e acabei parando. Me arrependo disso, certamente. Mas foi boa essa volta, pois é um esporte maravilhoso e faz bem para a saúde, para a cabeça.

 

Além dos desafios óbvios, que barreiras você teve de superar para continuar praticando tênis enquanto cadeirante?

Acredito que é mais uma questão de local de treinamento, ter onde praticar. Parece que os treinadores ainda têm um pouco de receio, por não conhecerem sobre o assunto. Se você for ver bem, é a mesma coisa, o mesmo esporte. Conforme vamos evoluindo no treino, o treinador vai pegando o jeito, adaptando, a gente se entende. Mas ainda é uma barreira. Foi difícil no começo para arrumar um lugar para treinar, só tínhamos um projeto de quadra na PUC, mas a treinadora foi para a Itália. Calhou de eu conversar com o Duda [Marcolin], ele acolheu e até hoje estou lá com eles. As inscrições de torneios ITF também são um empecilho, os torneios oferecem alimentação e hospedagem, porém o custo das inscrições e de passagem acaba sendo uma barreira.

 

Como você se prepara para competições nacionais e internacionais?

Treino todos os dias, faço uma hora por dia, mas acho pouco. Mas por ser todo dia e eu treinar sozinho, rende legal. Pretendo marcar mais jogos adiante, é bom para ganhar ritmo. E também faço musculação.

 

Que recado daria a outros tenistas cadeirantes que não encontram motivação para praticar o esporte?

Tem um pessoal que às vezes cai de maneira aleatória no esporte. O tênis é muito difícil! É muito concorrido, não tem divisão de classe, então eu acho que para começar, é preciso amar o tênis. Não adianta ficar com a ideia de conseguir bolsa, de ir para uma Olimpíada. É preciso gostar, ter paciência, o resultado vem aos poucos, é um caminho longo a se percorrer, e sobretudo porque não tem divisão de categoria, ainda. Quem sabe mais adiante, mas não agora. Não é algo que você treine em dois meses, e depois saia ganhando, fique bom nisso e conquiste títulos.

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