Giovanni Cariani ganhou destaque na Copa das Federações de 2019 ao jogar a categoria PRO com apenas 16 anos, ao lado da experiente Marcela Vita, eles protagonizaram um match-point, nas quartas de final contra Santa Catarina que viralizou nas redes sociais da ITF. Conversamos com ele no quadro tenista da semana para conhecer um pouco mais da sua carreira.

FPT: O que te levou ao Beach Tennis e quando foi a sua entrada na modalidade?

Giovanni Cariani: Eu conheci o Beach Tennis enquanto jogava no Maringá Clube, em 2014. Antes disso, jogava tênis, brincava, mas nunca fui de competir, treinar ou fazer aula.

Com que frequência ainda joga tênis? Ou priorizou totalmente o Beach Tennis?

Para mim, o tênis era só um hobby. Por outro lado, pretendo seguir carreira no Beach Tennis. Antes da paralisação estava fazendo três treinos práticos por semana com a Isadora Simões, minha treinadora. Porém após a paralisação terei que voltar mais focado e treinando mais vezes.

Seu match-point na Copa das Federações ano passado correu o mundo, até a ITF postou em suas redes sociais. Como foi para você ver esse momento viralizar? E de alguma forma ele te ajudou a ficar mais conhecido ou algo assim?

Com certeza. A quantidade de pessoas que visualizaram o vídeo e até no dia, haviam muitas pessoas assistindo ao jogo ao vivo. E teve todo o contexto de ser um dos melhores jogos do torneio, eu ser o mais novo da categoria PRO, foi muito gratificante ver o ponto viralizando nas redes sociais, é um momento muito marcante para mim. Ano passado comecei jogar a categoria profissional para ganhar experiência, acabei conseguindo a vaga para Copa das Federações. Acabei jogando aquele jogo com a Marcela Vita, que dispensa comentários, e ganhar aquela partida do jeito que foi com o ponto decisivo indo para as redes sociais da ITF, foi especial.

Quais seus principais resultados?

Os principais resultados vieram ano passado. Ao lado do Thiago Maranhão conquistei o ITF 0 em Caiobá em 2019 e no ITF 10 realizado em seguida chegamos nas quartas de final eliminando a dupla do Vinicius Chaparro. Consegui furar o qualy de Aruba também ano passado e acho que o principal resultado foi as quartas de final do ITF 35 de Santos.

O que tornou o ITF de Santos o resultado mais marcante?

A forma que jogamos, eu e o Miguel Souza. Eliminamos grande duplas, jogamos de igual para igual com gigantes. Acabamos eliminados pela dupla formada pelo Alessandro Calbucci e Nikita Burmakin, uma das melhores do mundo. Nunca havia tido a oportunidade de enfrentar eles, e o jogo foi 6/3 7/6, uma experiência enorme.

Como os torneios FPT auxiliam na melhora do seu desempenho?

Tem uma quantidade boa de torneios ITF, mas os torneios FPT têm quase todo final de semana, e jogar é completamente diferente de treinar. Então, embora o nível técnico de um torneio ITF seja mais elevado que dos torneios paranaenses, você consegue sentir aquele ritmo de torneio e te ajuda a saber como lidar com partidas mais tranquilas e jogos ou situações mais tensas e adversas.

O que tem feito para se manter no ritmo durante a paralisação?

Eu estou na fazenda dos meus avós e aqui é aberto tem bastante atividades para fazer. Basicamente eu tenho pescado e andado de trator, mas também faço exercícios e jogo beach tennis todo dia. Improvisamos uma quadra na grama mesmo e estou praticando nela.

Quais suas metas para o futuro no beach tennis?

Eu tinha uma meta de ser top 50 do mundo esse ano, mas agora não sabemos nem se haverá torneios. Mesmo assim, até 2022 eu quero estar entre os 10 ou 15 melhores do mundo. Eu e o Miguel Souza vamos voltar com tudo depois da paralisação, pretendo seguir com ele até lá porque é um parceiro que sinto confiança e acredito que estamos bem entrosados.

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