Por Diogo Oliveira

Nosso destaque da semana é um jovem talentoso que vem se destacando no cenário do tênis brasileiro. Matheus Lima, hoje com 16 anos figura em 1º nos rankings brasileiro e sul-americano. O atleta que começou a jogar tênis aos 5 anos de idade no Instituto Icaro, segue focado em evoluir cada dia mais em busca do sonho de se tornar tenista profissional.

Como começou sua história no tênis Matheus?

“Comecei aos 5 anos acompanhado meu irmão nos treinamentos, e como eu gostava muito de ver ele jogar, sempre ficava lá assistindo, até que um dia eles me convidaram para entrar em quadra, daí eu comecei a treinar duas vezes por semana as terças e quintas, depois três vezes, e hoje eu treino todo dia”.

Qual a importância do Instituto Icaro e de projetos como esse para você?

O Instituto Icaro é muito importante para mim, me deu uma oportunidade única, através dele realizo meu sonho que é jogar tênis, também me proporcionou conhecer muitos amigos pelo Brasil e até fora dele também. Acho que deveria haver mais projetos como esse para tentar ajudar mais pessoas, afinal o Instituto é uma familia e familias se ajudam.

Em relação à pandemia, como ela tem impactado a sua rotina de treinos?

“Na verdade, acaba atrapalhando porque poderia ter tido mais horas de treino, mas como tudo fechou eu precisei fazer outras coisas para me manter ativo, como corrida e musculação na casa de um amigo”.

O que você diria para os tenistas que estão enfrentando dificuldade para se manterem motivados em meio as limitações desta situação epidemiológica?

“Diria que sempre tem um jeito de continuar treinando. Então não pare! Depois da pandemia você poderá ver que estará muito melhor que os outros que não treinaram”.

Você pensa em seguir para o tênis universitário como muitos atletas fazem aqui no Brasil?

“Não gosto muito da idéia do tênis universitário porque vários atletas assim que terminam a faculdade e suas bolsas, normalmente param com o esporte e vão fazer outra coisa, então como eu não penso em parar com o tênis tão cedo acabo não gostando muito da idéia”.

Qual seu maior objetivo no esporte?

“Sem dúvida meu grande objetivo é me tornar um tenista profissional, estou trabalhando muito para isso”.

Você vem de três importantes torneios sul-americanos, como foi sua participação neles?

“Sim verdade, disputei o Assunção Bowl no Paraguai e fui finalista, depois o Brasil Juniors Cup em Porto Alegre que tive meu melhor resultado e terminei campeão, e em seguida o Banana Bowl em Criciúma que fui até as semifinais”.

Com o nível tão alto nesses torneios, qual você afirmaria ter sido o jogo mais difícil nesse início de temporada?

“Com certeza com Gustavo Almeida, na semifinal em porto alegre. Eu já entrei sabendo que ia ser um jogo duro, a gente treina junto no Instituto então cada um conhece os pontos fortes um do outro. Eu comecei bem o jogo e fechei o primeiro set em 6x4 jogando muito bem, daí eu abaixei um pouquinho a intensidade e ele me pegou no segundo set e no terceiro foi muito disputado com quebras dos dois lados até o fim e eu acabei vencendo por 6X4. Fiquei muito feliz ao sair da quadra, por é um cara que treina comigo é meu amigo e fizemos um bom jogo, ele joga muito bem e todos que viram o jogo elogiaram muito então foi bem legal”.

Qual a importância dos torneios organizados pela FPT para jovens tenistas como você?

“Eu acho a Federação Paranaense muito organizada, mesmo com essa pandemia eles conseguiram dar um jeito e realizar os eventos que são muito importantes para os atletas. Os torneios proporcionam muitas oportunidades para nós tenistas, pode nos motivar a querer mais, por exemplo uma faculdade no Estados Unidos ou até mesmo se tornar profissional, mas tem que querer muito”.

Para encerramos esse bate papo me diz ai Matheus, qual seu maior objetivo em 2021?

“Até o fim desse ano minha meta é pontuar na ATP”.

Ficamos aqui com essa entrevista pessoal, espero que tenham gostado de saber um pouco mais sobre o Matheus Lima, que é um dentre tantos jovens talentosos que temos no tênis paranaenses, tenho certeza que todos nós saímos um pouco mais motivados e esperançosos com o futuro do tênis brasileiro.

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